A água que eu bebo serve apenas
para amenizar a sujeira que fica, na bagunça que vira quando você vai embora. É
fato que, sem você por perto, eu não sinto vontade de me cuidar, pois me sinto
só.
Só. Palavra estranha até alguns
dias atrás onde, por ironia do destino, mesmo sabendo de ti não via porque
sentir falta de algo que ainda não tínhamos vivido. Hoje, estar só tem o mesmo
peso que tristeza, vazio, estar sem você. São, à minha mente, todos sinônimos
da falta que é olhar para o lado da cama e encontrar teu lindo sorriso
enquanto, por uma fresta na janela, o sol insiste em entrar no nosso quarto e
nos acordar.
Só estou, mas não ficarei. Tua
partida tem hora contada para retorno.
E, quando voltardes, eu também voltarei.
E, quanto à água que bebo agora,
serve apenas para amenizar a sede que tenho pelo teu amor, de volta, e a
sujeira que fica quando não está aqui para me ser o meu equilíbrio.
Eu não me apoio em ti, mas perco
o chão com a tua ausência.
Queda livre, para quem acha ter asas para voar incansavelmente.
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