Enquanto a chuva caía e as faixas da estrada passavam como um relâmpago na escuridão, eu pensava em como tudo poderia ser diferente. Como seria se você estivesse ali, do meu lado? Ou, então, como seria se eu tivesse me mudado pra sua cidade, morado na sua casa, dormido na nossa cama? Eu estava a caminho daquela velha cidade, que você visitou e não gostou. Minha cabeça, apoiada no vidro da janela, concentrava suas forças em não desequilibrar daquela posição desconfortável mas que, de algum modo, não incomodava. Lá no fundo, eu só pensava em você, em nós, o que poderia ser de nós hoje, o que poderíamos ter construído – família, trabalho, estudos, filhos, carreira. Eu ainda pensava em nós, mesmo depois de tudo. Por incrível que pareça, era fácil fazer isso. A cada cidade, a cada parada, eu me perdia mais um pouco nos pensamentos e probabilidades. Era como se testes ocorressem, para no fim determinar com certeza o futuro que eu perdi contigo – ou o que você perdeu em não me ter ma
Cada linha escrita, cada palavra dita e cada sentimento envolvido. Únicos.