Ele remava, incessante e incansavelmente,
em direção a ela. Vinte mil léguas submarinas seriam poucas naquele momento,
tamanha era a determinação que alimentava cada remada.
Aos poucos foi se aproximando e,
então reduzindo as remadas...Lentamente. Ela já não mais sorria como na noite
anterior, não tinha os lábios vermelho vivo, mal abria os olhos. De imediato,
ele usou as últimas forças que restavam para trazê-la ao barco e, então,
poderem navegar até encontrar socorro.
Doeu, cansou, enjoou, anoiteceu,
amanheceu, esquentou, esfriou. Ela não demonstrava lutar mais, não tinha
forças; ele, tentava transmitir forças a ela – mas sequer conseguia respirar
devidamente.
Aos poucos, foram adormecendo
calmamente e, de mãos dadas, repousaram naquele mar. Vida, era como muitos
navegantes chamavam àquele mar: desafios constantes o faziam agitar e
surpreender quem o enfrentasse, exigiria resistência e bravura mas, no fim,
compensaria. E não foi diferente com eles.
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